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Mostrando postagens de outubro, 2010

Viva a dialética dessa dura vida!!!!!

Hoje, fui fazer outra entrevista de emprego. fácil, eramos três candidatas e duas vagas. Ninguem ali tinha mais qualificação e experiência que eu. Foram 12 anos longos trabalhando em ONG, que me serviram para pelo menos poder ter essa certeza: eu sou muito boa , sou uma excelente educadora. Falta de modestia? Não. Na verdade isso é clareza de ter comido todos os pães que o capitalismo amassou com o dolar. Mas a contradição inerente a vida humana, neste miseravel planeta de expiação chamado Terra , me coloca numa situação dolorida e depressiva.  Tenho 99%  de chance de ser selecionada, mas o lugar é muito longe: Parelheiros. São duas horas e meia daqui do Capão. Sem trânsito. Imagina um dia de chuva, pode por ai umas 4 horas. Que merda, só porque eu preciso trabalhar, não consigo um trabalho que coincida com os horários do Marcos. Mas sabe, quando eu olho pra tráz, vejo que já passei por momentos piores e mais tensos. E hoje, eu ainda posso escolher. Tô me sentindo bastante angustiada,

A epopeia do lipoma e os desmandos do SUS.

Ontem fui para casa de minha mãe. Foi um dia tenso: João e Catharina entre tapas e beijos como de costume, mas agora temos o Pedroca... que as crianças teimam ser um boneco. Ontem a brincadeira do momento era ser papai e mamãe do Pedro, com direito a dar mamar, trocar, pegar no colo e, principalmente dar banho. La pelas 19 horas, demos banho nas crias, e quando minha mãe foi trocar o Pedroca, ela percebu um caroço no ombro direito do Pedro. Imagina meu desepero, afinal estamos no Brasil, e o SUS fantasia só nas propagandas do Serra. Tudo bem que temos o convenio do servidor, mas mesmo assim, a saúde no Brasil vai muito mal: mal das pernas, do braço, da cabeça, do bolso... enfim ficar doente no nosso país é muito arriscado. Um simples resfriado pode virar uma pneumonia. Cortamos a cidade. e chegamos ate o Hospital do Servidor, com uma suspeita de linfoma benigno no pescoço do Pedro. Eu estava a beira de um despero. Não pelo caroço, mas na duvida se ia ter medico, se ele ia ser bem a

Escolas em Luta - E.E.Jardim Capela IV

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O famigerado mercado de trabalho, visto por nós meras mães trabalhadoras.

Antes de falar sobre o Tropa de Elite 2, sobre o aborto ou ate mesmo sobre o segundo turno das eleições presidenciais; eu gostaria de compartilhar minhas angustias sobre o meu retorno ao mercado de trabalho. Não pense que minhas angustias são sobre o bebê: com quem deixa-lo, se vão cuidar bem, se ele vai me esquecer. Isso meus caros, é café pequeno perto da maior de todas as questões: nós, mulheres trabalhadoras não somos queridas pelo mercado de trabalho. As dificuldades são muitas, infinitas.  Já é conhecido de todos que nos mulheres ganhamos menos que os homens para realizar a mesma tarefa, e mesmo nos locais de trabalho onde os salários são igualmente baixos, isso é devido ao fato de tais locais de trabalhos serem notadamente ocupados em sua maioria por mulheres (aqui se aplica muito bem a regra do vale quanto pesa). As contratantes, preferem mulheres que não tem filho,caindo por terra a noção da necessidade do trabalho para as mulheres que são mães. Além do preconceito conosco, e

Ufa! Até que enfim!!!!

A muito tempo tenho o projeto de ter e manter este blog. Penso que ele me serve como uma válvula de escape para meus pensamentos malucos e meu malucos pensamentos. A ideia surgiu ao longo da gravidez do Pedro. Foi um período de longa hibernação, para reafirmar compromissos, ideias, desejos, sonhos, expectativas sobre que tipo de mãe eu queria ser e principalmente, de que maneira seria possível ser mãe e um ser politico, pensante, critico. De certa forma a gravidez do Pedro, e todo o stresse da rápida passagem pelo NPPE do Capão me permitiram colocar mais os pés no chão.  Hoje, sem sombra de duvida afirmo que cresci muito, principalmente aqui dentro, com os meus medos e inseguranças. Tudo isso somado ao grande companheiro que eu escolhi pra dividir os sonhos, a cama, as contas e a árdua tarefa de ser mãe. Ao longo desses três anos nessa árdua tarefa, que é a maternidade, aprendi que ter pra onde gritar tudo o que não lhe vai bem, e o que vai bem tbm é muito importante, aprendi tbm que n